terça-feira, 24 de março de 2009

Ponto e virgula


0 ponto, a praia, a vírgula, o chão.
A frase, a estrada, o texto, o céu.
O pau, a pedra, o caminho,o vento.
O bolo, o gosto, a manhã, o gostoso.
O freio, a partida, a música do dia.
Diego, um, dois, de novo.

De novo a vida...

O asfalto, a esquina, o teatro, a oficina.
A sina, pausas acima, prédios lá em cima!
Senhores aos cantos e carros. Juntos.
Avenidas, as formigas, as corridas. Paulistas!
Pássaros, corrente, raros e à frente!
Andam, voam, cantam no mundo....

Cantam a vida...

A prece de graça, o banco da praça
A prece, a graça. No banco, a fé.
Amanhã, amor. Presente, dor.A fé!
Por tudo, por nada. No céu sem asas.
Na placa, a seta. Na estrada, a reta.
Na dúvida que sai. Na esperança que volta.

Vida vai...

Um dia a poesia reclamou dos pontos
Ao lidar o poeta com as interrogações
Disse ela que pontos não fazem um verso
Disse ele que fotos fazem uma vida
Perguntou ela o que são as fotos
Entre palavras e pontos, perguntou ele...

O que é a vida?

sexta-feira, 13 de março de 2009

Flor do dia


Um dia, para outra flor...

Flor, ao inaugurar o jardim dela
Forre de branco a entrada do sol
Vista o cheiro dos ventos
Dos teus perfumes no silêncio

Flor, cuide dela no verão
Para no inverno ela lembrar
Que a primavera chegará
Nas voltas que o mundo dá

Flor, de presente chegarás a ela
Pintando na janela a tela do dia
E todo o encanto de uma mulher
Flor, espelho dela tu és!