quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Caderno de mudanças

Voltei a escrever!! Nesse meio tempo entrou uma cachorra na minha vida. Um toquinho de cachorro pra falar a verdade. O tamanho do que ela causa e o que ela quer ser quando crescer exige pelo menos um texto inteiro. Cheguei cansado mas não me conformo em cansar só de trabalhar.


A segunda se tornou um pouco especial, voltei a escrever. É extremamente desanimador no meio do expediente pensar que vou escrever. Pelo que me conheço, a minha lógica não conhece nenhuma de todas as viagens...nem das presentes e nem das futuras. O trem que parte só comporta um caderno e um pouco de solidão. As idéias por hora ficam escondidas, e confesso que me pergunto se isso pode se tornar algo que se diz para sempre. Medo talvez, pois alguma coisa se perde. Existe sempre, mas ficaria escondido cada vez mais longe.Acho que por isso não fui um bom programador. Comandos certos com respostas certas ja bastam para os meus objetivos. Ser engenheiro por outro lado, é um desafio muito grande e que eu gosto. Estou crescendo de outro jeito e aprendendo a entender as estórias que são contadas pelo próprio mundo.

Acordei com um céu azul que mais tarde virou uma chuva brava. Eu cá pensando em tudo isso sob a mudança do tempo, e vendo que as analogias estão nos milímetros e nas milhas, basta estar. Eu, por conta do azul do céu não levei guarda-chuva e consequentemente choveu. Praxe. Aliás quem ta na chuva é pra se molhar e quem não ta espera passar olhando os carros passarem. Preferi tomar uma chuvinha e rir da minha capacidade encantadora de me foder em situações críticas...já que estava atrasado.

Ensopado, me preparei para fazer a mudança no sábado. Não se trata de uma mudança de comportamento, de um antes e um depois. Era mudança dos móveis e do número de casa mesmo, daquelas que vc vira burro de carga por um dia e já começa a encarná-lo dois dias antes. Sonhei com uma geladeira nas costas e uma desmontadinha de armário nos dias ao redor. Cheguei a pensar que queria sofrer por antecipação, mas não é não. Quem já se apaixonou sabe do que estou falando. O grande dia de vê-la não saia da minha cabeça. Estou falando da geladeira. Uma daquelas nas costas é tão intensa quanto qualquer paixão. Haja paixão.Tudo feito, tudo se esquece, tudo se reapresenta e agora vem uma casa nova e um quarto novo para desenhar de quadros, cama, guarda-roupa e novas estórias.

3 comentários:

Dyane Priscila disse...

Gostei muito do seu blog, amei o que li e adorei ter recebido a sua visita, meu blog é novo, as minhas palavras singelas, mas contudo, foi a forma mais prazerosa que encontrei de eternizar a minha existência mesmo que para 10 pessoas, sei que de palavras me farei imortal, falo do meu dia, da minha vida, dos meus dramas e anseios, falo de mim, e de tudo que consigo captar do mundo, não sei se é a melhor forma mas eu tento!

Adorei muito as suas palavras, e quanto a ser programador, a lógica também não me agradou, já me basta a lógica universal que é me apresentada dia-a-dia e eu teimo em transformar em uma linda linguagem poética do que é viver!

Parabéns pelo Blog, espero que me visite mais o meu espaço, e assim sempre estarei por aqui no teu.

Beijos e bom restinho de semana!

Everaldo Ygor disse...

Olá
obrigado pela visita em outras andanças... Belo blog, belo texto, com fotos e composições bem especiais, voltar a escrever é um ato de coragem, buscar memorias poéticas, criar e recriar sempre...
Abraços
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/

Luana! disse...

Nossa! Q texto gostoso de ler!
Ah, eu adoro escrever, não me contento enquanto eu não pego o meu bloco e saio escrevendo qqr coisa, mesmo que depois eu rasgue.

Tivemos coisas comuns aí: ganhei a minha cachorra há um mês, mas elas já tinha 3 de nascida. Rezo sempre pra ela não crescer mais. E me mudei há dois meses. Espero me mudar daqui a um ano...

enfim, adorei esse espaço!