sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Carnaval

Há alguns manuscritos espalhados e um pouco juntos. Param no coração onde não consigo buscá-los. Chegam como no vai e vem do dia. Se não busco, não sei porque os vejo, meus olhos ali não existem.
No meio da semana a gente desabafa no silêncio pelos por enquantos, na segunda a gente só pensa e guarda. Na sexta a gente olha pro lado e vê o sábado como se esse sorrisse e desse cadeira, mesa e luz....

Carnaval, onde já passei por vários. Despeço-me do ano e espero o esperado tal moço velho das épocas variadas de paixões. Pessoas o rejeitam à margem, pessoas se jogam no seu meio. Pessoas à parte, ele "está" e eu gosto. Fico triste com o que fizeram de muita coisa. Passo regado a pena o presente com esperança na Mangueira e lembro do passado, do samba moleque que hoje vive em um dos seus filhos os seus 50 anos: a Bossa Nova.

Do dia 1 de fevereiro

E o amanhã será de tuas fantasias
Do amor à tua semana anual
Carnaval!
E morre a lida! E vive tuas colombinas
Tuas como se nem meus mais fossem
Os dias que brotam Patrícias, Cecílias e Marias.
Trajadas de tempo a acabar
Do amor casual! Da vida nova a começar

A tua graça é que consegues rimar
Pista de sambista, samba de passista
Rimas o copo metade cheio
Com alegria metade vazia
Chegas em cada marcha a ver
Nascer o neto, crescer o filho
E tu continuas assim
A viver e nunca morrer

Fevereiro quero te pular
Como de janeiro passei
Esperando a brincar de ti
Na praça onde posso passear
De pirata aos confetes, lembrei
Quando esqueci de mim
Nas tuas mulheres que se foram

A banda acaba
A cinza das almas pousa
Sobre o manto dos confetes
Quarta-feira de sol nasce
E morrem cordas, campos e mulheres
Copo metade fica
Cheio eu, continuo........










Um comentário:

R Lima disse...

Já é carnaval na minha terrinha.r.ss

Abçs,




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